segunda-feira, 10 de agosto de 2009

As Tês Peneiras

O pequeno Raul saiu da escola a correr, chegou a casa excitado, e, ao beijar a mãe, exclamou:
–Já sabes o que dizem do António?
–Espera lá, já me contas; mas, antes de principiares, lembra-te das três peneiras...
–Quais peneiras, minha mãe?
–A primeira chama-se VERDADE. Tens a certeza de que é certo o que me queres dizer?
–Não; se é certo não sei...
–Vês? E a segunda chama-se BENEVOLÊNCIA. Será benevolente, será boa essa notícia que me trazes?
–Não, minha mãe; não é boa.
–Vês? E a terceira chama-se NECESSIDADE. Será necessário repetires-me tudo isso que te contaram desse teu camarada e amigo?
–Não, minha mãe.
–Pois se não é necessário nem benevolente, e talvez não seja verdadeiro, é preferível, meu filho, calares a tua boca.
António Botto (Livro da 4ª Classe antiga)

sexta-feira, 10 de abril de 2009


De muito longe!!! com muitos anos, existe um povo, uma Nação que a todos nos deve encher de orgulho pelos seu feitos. Rcordemos alguns dos grandes, que foram exemplos de desbravarem e transmutar a ignorância em conhecimento.
O povo português com uma fé de mover montanhas no tempo das cruzadas, já em vésperas de extinguirem-se nos outros países da cristandade ardia ainda nos corações portugueses.
No Oriente os Portugueses sentiam uma força sobrenatural na convicção de um Ideal e por isso venciam todas as dificuldades porque eram alimentados por uma fé de fogo, neste propósito até os mais insignificantes homens tornaram-se importantes e lutavam. É neste clima que um Afonso de Albuquerque, sem grandes recursos materiais e humanos mas cheio de um a vontade inquebrável, uma disciplina e rigor a toda a prova que conquista a Índia, que constrói fortalezas em meia dúzia de anos e que ainda hoje é recordado nessas terras.Seguiu-se-lhe um outro não menos pequeno um D. João de Castro, não conquistou mas conservou nesses tempos difíceis, homem de grande saber mestre em náutica,em botânica, em astronomia. Um grande guerreiro. Foi discípulo do grande Pedro Nunes, célebre matemático, humanista.
Estamos no séc. XVI D. João de Castro 13º Governador da Índia, obtém uma estrondosa vitória em Dio quando esta fortaleza se encontrava sitiada há sete meses. Acontecimento de uma importância mundial e ainda 13 anos depois celebrava-se com pompa e circunstância.Estes homens do passado ardia-lhes nas veias um Ideal; servir o Rei, servir a Pátria e todo o seu conhecimento estava ao serviço não de si próprios, mas para a colectividade. Aqui bem podemos empregar esta bonita frase de Elaine Sanceau "A Sabedoria é dos Antigos, a Acção é dos modernos".
Portugal orgulha-se de ter dado um novo impulso às ciências, à zoologia, à botânica e a outros estudos com base na experiência que anteriormente se encontravam na especulação dos teóricos.
Portugal a primeira Nação a unir o Oriente ao Ocidente.